OGUM: O ORIXÁ DA LEI E O GUARDIÃO DA ORDEM
Ogum é sinônimo de lei e ordem na Umbanda, atuando como o regente dos procedimentos e processos. Ele é o Trono Regente das milícias celestes, responsável por manter a ordem em todos os aspectos da existência, equilibrando a linha divisória entre razão e emoção.
Como Orixá eólico, Ogum é o pólo magnético positivo na linha pura do ar elemental, enquanto Iansã ocupa o pólo negativo. Essa linha eólica é fundamental para a sustentação de milhões de seres elementais do ar, até que eles estejam prontos para interagir com um segundo elemento, seja fogo, água ou outro.
Além de serem aplicadores da Lei, Ogum e Iansã iniciam suas próprias hierarquias naturais na Umbanda. Estas hierarquias são compostas por Orixás Intermediários ou regentes dos níveis vibratórios da linha da Lei.
Assim como Oxalá, Oxum, Oxóssi e Xangô possuem suas próprias hierarquias de Orixás Intermediários, tanto positivos quanto negativos, Ogum e Iansã se diferenciam por formarem hierarquias verticais retas ou sequenciais. Nelas, todos os Oguns, independentemente de serem regentes dos pólos positivos, neutros ou negativos, atuam da mesma maneira, como inflexíveis aplicadores da Lei. Esta uniformidade de conduta reflete a essência de Ogum como um vigilante constante da ordem e da legalidade.
Ogum é, portanto, a personificação da vigilância e da ação marcial da Lei. Sua presença é sempre um lembrete da ordem, seja na forma de um "caboclo" de Ogum nas tendas de Umbanda ou em qualquer outra manifestação. Sua atuação é marcada por firmeza e rigidez, garantindo que a Lei seja mantida e respeitada em todos os ambientes.
Oferenda para Ogum
As oferendas apropriadas para Ogum incluem velas brancas, azuis e vermelhas, acompanhadas de cerveja, vinho tinto licoroso e flores diversas, com ênfase em cravos. Estes itens devem ser depositados em campos, caminhos, encruzilhadas ou outros locais que ressoem com a energia de Ogum.